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Eu podia ser mega magra

por Mia, em 30.06.16

Dá-se o caso de gostar muito, mesmo muito, de comer. E muito pouco de me mexer.

Ninguém aí tem uma receitazinha milagrosa, por acaso?

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É assim que me sinto.

Desde que perdi o bebé, muito pouco me interessa. Não me importa se é dia de trabalho ou fim de semana, se chove ou está sol, se fico em casa ou tenho algum programa mais interessante para fazer. Não quero saber, tudo me enerva, tudo me entedia.

Sei, se usar a cabeça, que não me posso deixar dominar por estes sentimentos. Que não me trazem nada de bom. Que não posso chorar sobre o leite derramado. Sei de cor todas as frases motivacionais, oiço todos os conselhos de algibeira que as pessoas vão partilhando comigo mesmo que eu não peça. Sei que a vida é mais que isto, que não é o fim do mundo, que podia estar muito pior. Que não morri, e não posso agir como se mais nada me importasse. E ainda assim, a razão perde para a emoção e eu sou só uma casca, sem alma, que aqui anda.

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Não és o centro do mundo.

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publicado às 08:04

Desperdicio de oxigénio.

por Mia, em 27.06.16

Leio num post que uma das desvantagens da UE é que os "cérebros" emigram e ficamos sem mão de obra qualificada.
Leio no mesmo blog, escrito pela mesma pessoa, que é triste que os jovens "cérebros" saiam porque não têm opções cá dentro.

A ver se eu entendo.

Portugal não dá emprego à mão de obra qualificada que cá tem, e a solução é então fechar as fronteiras e prendê-los cá dentro. Sem emprego. A solução não é mudar qualquer coisa no país, é mesmo acabar com a emigração, essa coisa do demo que nos rouba pessoas altamente qualificadas ao desemprego.

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Jackie-Chan-WTF.jpg

 

 

Desculpem qualquer coisinha, hoje estou ácida.

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publicado às 14:54

E truques para manter as pestanas reviradinhas sem fazer permanente, alguém sabe? Hoje acordei atormentada com isto.

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publicado às 14:48

Ah, a ironia

por Mia, em 16.06.16

Pergunto-me se aquelas alminhas que escrevem textos inflamados sobre como as pessoas são feias e tratam mal os animais com o propósito de fazer champôs, sapatos e malas, acharão que a carninha e o peixinho que têm na mesa vem das árvores.

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O aborto, esse bicho papão

por Mia, em 15.06.16

Sei que este assunto já enjoa aqui pelo blog.
Nunca gostei muito das pessoas que se definem por aquilo que lhes acontece: eu tive um aborto mas sou mais do que a pessoa que perdeu um bebé. Eu continuo a ser a Mia, o aborto foi algo que me aconteceu e que, inevitavelmente, marcou a minha vida, mas eu sou mais do que uma má experiência. Feita esta pequena introdução, sinto a necessidade de, por mais um bocadinho, continuar a falar sobre o assunto. Prometo que não me demoro.

Desde o início da gravidez (ou até antes), somos formatadas para ter cautela. Não falar muito do assunto. Não contar a ninguém. Toda a grávida tem aquela meta das 12 semanas, altura em que já passou o pior, já "podemos" começar a contar (baixinho!) às pessoas mais próximas, já podemos respirar de alívio... mas será mesmo assim? Quantas mães acham, realmente, que vai acontecer alguma coisa má nessas primeiras 12 semanas? Toda a gente sabe que essas coisas só acontecem aos outros. Quantos casos de aborto conhecemos, na realidade? Há aquela amiga, aquela colega, a cunhada da prima... e pouco mais. Então, se pela nossa vida passam tantas grávidas, e apenas dois ou três casos de perda, não há de ser uma coisa normal, não há de nos acontecer a nós.


E depois acontece.


Não vou discorrer aqui sobre toda a misturada de sentimentos que uma mulher vive numa altura como esta, até porque não sei de todas as mulheres, sei de mim. Hoje vou falar de um pensamento específico, que me atormentou durante semanas: há qualquer coisa de errado comigo.

 

Despistadas todas as teorias sobre "onde é que eu errei" - em lado nenhum, era uma anomalia congénita, diz a vozinha sensata na minha cabeça - começam a soar os alarmes. Porque isto não é normal. Porque não acontece a mais ninguém. Porque para acontecer uma coisa destas, é porque algo está muito errado. Pode estar, claro que sim, não vou estar aqui com falinhas mansas.
O facto de sermos socialmente formatados para esconder um aborto, a meu ver, transforma-o num bicho estranho e assustador, cria uma aura de medo e pânico em torno de algo que, infelizmente, é normal.

 

Lia, há semanas, o testemunho de um pai que passou por uma situação semelhante, em que ele dizia qualquer coisa do género: quando perdes um familiar, um amigo, um cão, toda a gente sabe, as pessoas compadecem-se da tua situação, dão-te apoio e carinho. Quando perdes um bebé ninguém sabe, afinal, vais chorar publicamente a morte de uma pessoa que ainda não existia?
Este tabu, esta necessidade de esconder a situação, faz com que, aos olhos do mundo, ela nunca tivesse acontecido. Então, quando acontece connosco, sentimo-nos uma ave rara e, logicamente, algo só pode estar muito errado, porque "não é normal".


Esta ideia consumia-me. Andei semanas a martelar mentalmente no mesmo assunto: os médicos dizem que é comum, que acontece, que não é assim tão estranho... mas então porque é que não se ouve falar disso? Não sei se se nota, pelo que escrevo, que posso por vezes deixar-me absorver em demasia pelos meus pensamentos. E este andava em loop na minha cabeça. Um dia, resolvi fazer uma lista de pessoas que conhecia que tinham passado por um aborto. Contei 11. Onze pessoas das minhas relações já passaram pelo mesmo que eu, e dessas onze apenas duas não são, ainda, mães.

 

Se calhar não sou assim tão anormal.

Se calhar não é o fim do mundo.

Se calhar as coisas ainda podem correr bem.

 

Mas então, se é uma coisa assim tão comum, porque é que não se ouvem relatos daquelas pessoas famosas que nos entram pelos olhos todos os dias? Uma pesquisa de dois minutos deu-me uma lista de 50 celebridades que já tiveram um ou mais abortos. CINQUENTA!!

Assim de repente, contei 61 pessoas que já passaram por isto, e, de alguma forma isso trouxe-me conforto. Não me interpretem mal, não me consola saber que o mal que eu vivo já aconteceu a alguém, mas antes comprovar que, efectivamente, o aborto... acontece!

O aborto é uma coisa comum. Não acontece só aos outros. Sei que para algumas mulheres falar é bom, enquanto que outras se sentem melhor resguardando-se e guardando para si e para os seus. Mas noto que a sociedade nos condiciona a mostrar apenas o lado bonito da gravidez, e a esconder os "podres". E talvez, só talvez, falar mais sobre o assunto pudesse ser uma mudança positiva.

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Uma questão de perspectiva

por Mia, em 15.06.16

Preparava-me para fazer o balanço de meio do ano e declarar aqui, com toda a convicção, que 2016 já ganhou o prémio para ano mais merdoso de sempre. Depois pus a mão na consciência, e apercebi-me que no meio de tanto caos (e foi mesmo muito, vocês não têm noção), tudo acaba por se compor. As feridas saram e a pele regenera, pronta para o próximo embate, e, na verdade, não poderia tudo ter sido tão pior?

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*suspiro*

por Mia, em 14.06.16

... quando aquela ultima pessoa que sabia do bebé, mas a quem não te passou pela cabeça contar que o perdeste, te pergunta ingenuamente se ainda é segredo ou se já é do conhecimento geral que estás grávida.

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Ainda desta cena dos biquinis

por Mia, em 14.06.16

Realmente inovador seria apostar numa marca que produzisse modelos onde coubesse um par de mamas. Isso sim seria de valor.

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Devo ser eu que vejo mal

por Mia, em 13.06.16

É que, imagine-se, quase me parece que este biquini Adriana Degreas:

 

img-thing.jpg

 e este biquini Ros Beachwear by Carolina Patrocínio:

 

ROS-32-1.jpg

 

ROS11-1-350x435.jpg

 

São uma e a mesma coisa...

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Não sei o que me assusta mais

por Mia, em 09.06.16

Se a quantidade de merda que algumas chanfradas escrevem nos blogues, se os tolinhos que lá vão dizer amém com elas...

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Deixar ir

por Mia, em 07.06.16

Se há coisa que acho aprendi nestes meus quase trinta anos foi a deixar ir as pessoas. Não quero mais gente tóxica na minha vida, nem me esforço por manter quem não quer ficar. Uma relação, qualquer que seja, não tem que ser penosa. Não quero pessoas que estão sem estar, pessoas que tenho que tratar "nas palminhas". "Amigos" que se chateiam com pintelhos e nem se dignam a avisar, obrigando uma pessoa a adivinhar o que raio lhes vai na mente. Aprendi que, não raras vezes, o problema é de quem se aborrece assim, dos seus complexos e infelicidades.

Querem ir? pois que vão. Querem voltar? Façam o favor. Só não me chateiem muito.

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