Pessoas, não me enervem.

... como por exemplo aquela de fazer looks low cost, mas totais, e assim uma coisa mesmo em baratuxo entre os 42€ e os 64€, mêmo mêmo barato, e inclui tudo, roupa, sapatos acessórios e tudo e tudo... e depois vai-se a ver e só o relógio custa 110€. Pois está certinho.

Outra vez arroz?!

Sete kg que já se foram. Custou pra caralho, e não há dia em que não me esforce. Gosto muito do peso a menos, gosto muito de me sentir mais leve, de não arfar ao subir as escadas, de olhar para o espelho e até achar piada ao reflexo. Mas mais do que isso gosto da gaja que agarrou esta merda pelos cornos, foi buscar força de vontade sabe-se lá onde, e conseguiu - está a conseguir - manter esta merda.

SE-TE, foda-se até me custa a acreditar.

Estive aqui para morrer entalada com um pedaço de manga. Achei que devia partilhar isto com alguém, e dá-se o caso de as pessoas com quem convivo no dia a dia ainda me acham relativamente normal (estou em viagem de trabalho, obviamente, que entre família e amigos já não engano ninguém), a modos que achei por bem não maçá-los com estas coisas.

Sucede também que me ocorreu durante breves nanosegundos que ia morrer entalada com um pedaço de manga sozinha e abandonada num quarto de hotel a 2000km de casa e que só dariam por mim uns dias depois, naquelas figurinhas, e ia ser para sempre a desgraçada que morreu entalada com um pedaço de manga.

Não sei o que pensais disto, mas eu tenho para mim que preciso de mudar de vida.

Qual é a cara politicamente correcta que se deve fazer quando um colega diz no meio do escritório que fez um threesome com outro gajo e uma gaja, mesmo?

Juro que às vezes sinto que não sei comportar-me socialmente.

Pois está. É da altura do ano, chega-se a esta época e quase que se me dá uma ulcera nervosa quando me apercebo que é sempre a mesma puta da mesma merda, caralho que os foda a todos e a mim também que é para não ser lorpa. Pronto, é isso. Aqui hoje (e cheira-me que nos próximos dias) pratica-se o mau humor. E fala-se mal, que não resolve mas alivia.

Imaginem, pessoas, que de um lado têm um emprego numa empresa que vos dá estabilidade financeira, a possibilidade de um salário acima da média nacional, de correr o mundo, um contrato permanente, posições interessantes... mas que não cumpre promessas, não vos valoriza, não vos realiza como profissional e como pessoa e basicamente caga-vos na cabeça.

Do outro lado têm o desconhecido. Provavelmente (muito provavelmente) irão ganhar menos, não vão andar a laurear a pevide, talvez não seja um emprego tão estável, mas vão ter a satisfação de bater com a puta da porta e dizer IDE PRA GRANDE PUTA QUE VOS PARIU.

O que fazeis?

Não. O Estado ganha. Assim como ganhou uma pipa de massa no mês passado à custa do feriado, fins de semana, horas extra e bonus que eu "recebi". Eu? Eu vi menos de metade desses extras. Mas pronto, o que vale é que tenho um bom sistema de saúde, educação, estradas em condições, não é? Ai também não? Pois, então não sei. O que vale é que vem aí o mundial, haja futebol e está tudo bem.

Que vi o Kapinha este fim de semana. E aguentei-me sem lhe chamar nomes.

Emerjo do oceano de trabalho em que me tenho afundado nas ultimas semanas para vos dizer que hoje consegui enfiar a minha bela peida numas calcinhas 38. E isto interessa-vos para quê? Para absolutamente nada, mas interessa-me a mim, que há exactamente 40 dias atrás a enfiava numas calças 40 e tinha que suster a respiração. A modos que é isto. Agora não me venham para aqui dizer que vestem trinta e seis e trinta e quatros que vão corridas à chapada (se vestem menos que isso e têm mais de 14 anos, vão antes comer um bifinho).