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tenho medo de andar de avião.
Tenho saudades do meu homem, do meu gato, da minha cadela, da minha casa, do frio, de dormir acompanhada, de não jantar sozinha, de ir ao ginásio, da novela da noite, dos meus avós, de estar no mesmo fuso horário que as "minhas pessoas", dos meus amigos, de poder atender um telefonema qualquer sem pensar que estou a gastar uma pequena fortuna para falar com alguém que nem sei quem é (telemarketing, é sempre telemarketing), de conduzir, da minha independência, de estar sentada a torrar em frente ao aquecedor, de dormir aconchegadinha nos meus lençóis polares, do meu secador de cabelo e das outras 300 coisas de que me esqueci, de comer uma francesinha... sou uma mariquinhas pé de salsa, eu sei.
Não sei. Mas um bicharoco qualquer achou a minha perna bastante apetecível e fui presenteada com umas duas ou três picadelas. Ora, sucede que as ditas têm aspecto estranho, são tipo talos e estão cada vez mais vermelhas, e estando eu num país tropical cheio de bicharada estranha fui, claro, ao google ver com que tipo de animal andei metida e quais as implicações. E o que é que isso interessa, dizem vocês? Nada. Isto tudo é para dizer que, nas minhas pesquisas, fui dar a um daqueles fóruns de mães em que uma delas postou a foto de um bebé TODO borbulhoso, com um aspecto de quem tinha sido atacado por uma colmeia ou tem uma alergia qualquer assim a atirar para o grave. Então a mãezinha extremosa perguntava às outras mães o que achavam daquilo.
Alguém me explica, como se eu fosse muito burra, porque é que esta santinha não levou o desgraçado do bebé ao médico em vez de andar a brincar aos fóruns? E já agora, porque é que pessoas destas se podem reproduzir?!
E estou aqui.
Isto promete.
Acho esta mulher horrivel. HO-RRIVEL. Sem gracinha nenhuma, pãozinho sem sal, e com um ar de arrogante que dá vontade de lhe pregar dois estalos só por existir.
E mesmo o Georgezinho, já viu melhores dias...
Não importa quantos países visite, quantas voltas dê ao mundo, quão mal digam do meu país. Posso ver as maiores maravilhas, adorar alguns momentos, mas no fim do dia bate sempre a saudade. Se me dissessem hoje que nunca mais punha um pé fora de Portugal não me importava. Não há melhor sítio no mundo.
... mas hoje começo a contagem decrescente para regressar, ainda que temporariamente, a casa. 5 dias. Cinco, só mais cinco, e começa a viagem de regresso*.
*sim, começa. Que isto não é coisa para se fazer num dia só...
... já percebi porque é que a Diana me enerva. Ela e a Ana Malhoa, são uma e a mesma pessoa, não são??
... este Quintino Aires não é um médico a sério, certo?
P.S: a ver a casa dos segredos em streaming... a minha vida atingiu um novo "low"
Em Portugal, com temperaturas ali a rondar os 10º (por vezes menos), aproveitei para comprar vestidinhos de verão e sandálias. Deste lado do Atlântico, e com 30º no lombo, estou divertidíssima a encomendar casacões de inverno. Vá-se lá entender.
E por aí? Contem-me tudo, o que se passa assim em geral? Notícias escaldantes? (além da gonorreia do Tierry, essa já sei) Coisas assim importantes?*
Sim, podia ir ao google e ler jornais e tudo e tudo, mas pedinchar um apanhado do que é interessante não custa, né?
Está um calor que não se aguenta!
* Unica coisinha minimamente boa nesta terrinha do demo, deixem-me lá meter nojo com o meu calor enquanto tiritais de frio, sabeis lá vós o que eu vejo por estas bandas...
Pessoas que entram num elevador que vai a descer e pressionam o botão para um dos andares de cima. Se querem subir, ESPEREM PELO ELEVADOR QUE SOBE.
Pessoas que, naqueles elevadores que têm dois botõezinhos, um para subir e um para descer, carregam nos dois. DECIDAM-SE. OU QUEREM SUBIR OU QUEREM DESCER.
Hoje (pasme-se!) estou irritada.
Eu sei, eu sei, não sou a melhor pessoa à face da terra. Eu sei que volta e meia rodo a baiana e sou puta q.b., não me enervem que sou uma moça sensível e depois dá nisso. Tenho noção de que podia ser melhor pessoa, que podia, mas tu sabes que eu no fundo, bem lá no fundo, não faço as coisas por maldade, pois sabes? E sabes que há mais quem mereça a tua atenção, certo? Então vá, sê um bom menino e dá-me uma pausa. Isto de me devolveres em triplo toda a merda que eu faço, não é bonito, ser rancoroso não te fica nada bem. Dá-me lá um bocadinho de sossego, se faz favor.
Dentro de dois dias tenho uma viagem de lazer. Quando regressar, embarco novamente e vou trabalhar a mais de 8000km de casa, até Fevereiro. E entretanto a minha família está a desmoronar-se, o caos instalou-se e não há nada que eu possa fazer para mudar isto.
Tenho um aperto no peito tão grande, que só me apetece sentar num cantinho a chorar. E tenho medo, tanto medo. E eu nem sou pessoa de medos.
Eu tenho noção do clichê que é ser a filha que não gosta do padrasto. Mas se vocês soubessem... se soubessem só um bocadinho...
Um gajo absolutamente repugnante, escumalha do pior, mentiroso, interesseiro, com a puta da mania, intrometer-se entre uma mãe e os seus filhos, enxovalhar publicamente o "elo mais fraco", o que mais precisa dela, e a mãe escolher... o homem. Que não é nada, não é família, apareceu há dois dias e está a arruninar completamente a vida do seu filho?
Alguém me explique, porque eu estou cansada de tentar entender, estou cansada de explicar o óbvio, de lutar contra moinhos, de perseguir uma causa impossível e defender o indefensável, e neste momento só quero mais é que se fodam todos, mas não mexam com o meu irmão. Não me queiram ver virada do avesso.
Passei meses à espera das férias de Natal. Nos primeiros dois dias aviei coisas urgentes que tinha para fazer: consultas, arrumações, tirar o passaporte, burocracias várias para a casa nova, uma correria só. Nos dois dias seguintes foi Natal. A partir daí estive doente, até regressar ao trabalho.
Sinto-me tão cansada. Tão. Cansada.
Este fim de semana vou viajar, uma escapadinha de três dias, e só de pensar nisso apetece-me chorar. Eu escapava três dias era para a minha cama, juro que sim.
20h, toca o telemóvel para anunciar que mamãe está nas urgências, prestes a entrar para o bloco para uma cirurgia de emergência. Assim. Uma pessoa de pijama, jantar a caminho, a preparar-se para passar a noite a dizer mal da casa dos segredos, e viram-lhe a vida do avesso.
Isto só por si era suficiente. Já chegava. Não era preciso mais. Mas depois há as pessoas, aquelas que têm o condão de me por em ponto de caramelo, esfrangalhar os nervos, e conseguem transformar uma situação de merda numa situação ainda pior.
Está tudo bem com mamãe, valha-nos isso.
Do resto tratarei depois, uma coisa de cada vez.