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Não foi bonito.
Eu acho isto muito bonito, sim senhora, somos todos irmãos e devemos ajudar o próximo, e não me interpretem mal, acho horrivel que pessoas, sejam homens, mulheres e principalmente crianças, estejam a pagar por uma guerra que não compraram. Não consigo sequer imaginar o sofrimento dessa gente, nem questiono que necessitem e mereçam toda a ajuda que se lhes puder dar.
MAS, somos nós, país em crise, onde recebemos salários ridículos e pagamos impostos obscenos, nós que não temos onde cair mortos, que temos pessoas a viver nas ruas, privadas de um lar, de alimento, de educação, nós que não temos meios para garantir condições mínimas para os portugueses... somos nós que os vamos ajudar? Então e os nossos, quem ajuda?
Não me interpretem mal, não estou aqui a falar dos mandriões que não trabalham porque não querem, que estouram tudo o que têm em vícios diversos ou dos que foram chico-espertos toda a vida e agora estão a sofrer as consequências. Falo das nossas pessoas que foram apanhadas pela crise e perderam o emprego, das que são consideradas velhas e por isso não têm oportunidades, das que são efetivamente velhas e viram ser-lhes arrancado o pouco que tinham, das que se viram forçadas a partir porque Portugal não tinha condições para elas. Então e os portugueses que mal têm um prato de sopa para se alimentarem durante um dia inteiro, não merecem ajuda? Não merecem um tecto? E as nossas crianças, que vêm o seu futuro hipotecado logo à partida, porque os pais não lhes podem dar a educação de que necessitam, porque não têm por onde fugir, têm que sobreviver e por isso precisam de crescer depressa, trabalhar, passar fome e frio... essas não têm a dvds do Noddy, pois não?
Chamem-me insensível, mau feitio, o que for. Mas somos tão "irmãos" dos que aparecem nas notícias como daqueles que estão ao nosso lado e fingimos não ver.
Não, não há data. Não há nada em concreto. Não andamos a ver quintas, não vamos a expo-casamentos, não fazemos sequer ideia em que ano será.
Sim, é uma bandalheira. Não se apoquentem, que eu também não.
Não sei como dizer isto sem vos chocar, quando eu própria ainda estou meio abananada, mas pronto, cá vai.
Estou noiva.
Era só isto.
Fui a um casamento e uma das leituras falava sobre como a mulher deve ser submissa, que a mulher virtuosa é a mulher silenciosa e serena.
Depois o padre disse que foi a noiva que escolheu aquela passagem.
Daqui a duas semanas tenho um casório e não tenho NADA para vestir. Digam-me lá, alminhas caridosas, onde é que encontro um vestido que:
1. seja lindo e fofinho
2. não me custe os olhos da cara
3. possa experimentar (esqueçam lá as compras online que eu já não sei que tamanho visto, isto está uma salgalhada)
4. não pareça saído da lojinha dos chineses
5. me favoreça
Obrigadinha, sim?
Sabem aquele momento em que uma pessoa quer fazer uma mudança de visual, mas nada de muito extremo, uma coisa assim só para as férias, verão, silly season e coiso?
Pois é, que giro. A ideia é bonita, o produto muito fácil de aplicar, dura duas lavagens, fica assim engraçado e tal... pena é ninguém mencionar que enquanto a tinta não sai o cabelo fica com textura de merda, como se lhe tivéssemos entornado qualquer coisa gordurosa em cima. E já agora também era fofo avisarem que não é só a tinta que se esvai em dois dias... com ela vai também o cabelo, monelhos de cavelo, de cada vez que se passa o pente. Ideal para quem tem excesso de cabelo e se quer ver livre de um volume extra, mas se gostais do vosso cabelo e o quereis manter, então se calhar mais vale estar quietinhas.
Ide em paz e que o senhor vos acompanhe.
... mas devo dizer-vos que ir ao ginásio em Agosto é do melhor que há. Não há filas, bisontes musculados, boazonas mete nojo... Há pessoas branquelas e gorduchas, máquinas vazias e aulas desertas. Fosse assim o ano todo e juro que a minha motivação triplicava.