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Repitam todos comigo:
não podes deixar que o medo te impeça de fazer as coisas
não podes deixar que o medo te impeça de fazer as coisas
não podes deixar que o medo te impeça de fazer as coisas
não podes deixar que o medo te impeça de fazer as coisas
não podes deixar que o medo te impeça de fazer as coisas
não podes deixar que o medo te impeça de fazer as coisas
a ver se me acalmo um bocadinho...
Explico. Adoro estar em casa com o meu filho, e por mim fazia disto vida. Quando voltar a trabalhar, ele vai ter que ir para o colégio, e acho que, com 6 meses, ainda é cedo para entregar a minha criança a um estranho.
MAS.
Há sempre um mas.
Nesta fase ele desconhece o significado de ansiedade de separação. Fica com qualquer pessoa. Não estranha ninguém. És um fácil, digo-lhe tantas vezes, dá conversa a todos e se estivermos com muita gente nem quer saber de mim ou do pai, é imediatamente atraído para as caras novas. Seria mais fácil habitua-lo à rotina de infantário neste momento? Será que o prolongar da licença foi realmente por ele, ou terá sido mais uma forma de tentar adiar a minha própria ansiedade de separação? Dúvidas, toda eu sou dúvidas.
Vai daqui um grande beijinho para a Bomboca de Morango, meu pai natal secreto que me enviou um presentinho todo catita:
Vamos todos fazer de conta que eu não enfardei aquelas moedinhas de chocolate TODAS no próprio dia, sim?
Mil perdões a quem cá vem, não se apresenta uma casa neste estado. Passou-se o Natal, o meu aniversário, entramos num ano novo, e a espelunca aqui ao abandono. Tenho comentários por ler, posts por escrever, blogs por ler, e nem sei se tenho mão para tanto atraso. Mas eu volto. Juro que sim. Acho eu.
Está cada dia mais menino e menos bebé. Continua sorridente e bem disposto, distribui sorrisos por toda a gente, seja quem vê todos os dias ou um desconhecido que lhe fale no meio da rua. Palra imenso, e começa a experimentar com a voz: gritinhos, guinchos, sons diferentes. Dá muitas gargalhadinhas, e tem imensas cócegas. Adora o pai e desfaz-se em sorrisos para ele. Já não mama em exclusivo - conversa para outro post - e tem uma paixão pelo biberão: agarra-o com as duas mãos e já o sabe meter na boca. Começou a querer sentar-se e já se aguenta bastante bem sozinho ou a segurar-se com as mãos à frente. Brinca imenso! Bate e puxa os brinquedos suspensos, agarra os que estão à sua volta e abana-os para fazerem barulho. Tenta alcançar quando lhe damos alguma coisa, apesar de nem sempre conseguir. Transfere objectos de uma mão para a outra e tenta comer TUDO. Morde imenso os brinquedos e as pessoas, mas não acha piada aos mordedores. Estando deitado, faz força para se sentar, apesar de ainda precisar de uma pequena ajuda. Também tenta por-se de pé, e se apanha uma superfície dura debaixo dos pés, começa a dar passinhos, um apressado! Dar banho agora é uma aventura: chapinha imenso com as mãos e os pés, e fica tudo molhado. No Natal delirou com os presentes: rasgávamos um bocadinho de papel e dávamos-lhe o resto e, com alguma ajuda, desembrulhou as prendas todas. O preferido do momento é este andador - apesar de ainda não o usar para andar, adora mexer nos botões todos. Já ajuda na hora de mudar da fralda e trocar de roupa: segura nos pezinhos para eu lhe limpar o rabiosque, e estica os bracinhos para vestir as camisolas. Deixou de achar piada a rebolar, e agora quando o deitamos só quer levantar as perninhas e abanar braços e pernas. De barriga para baixo, rasteja para trás que é uma maravilha, meu pequeno caranguejo! Adora ver-se ao espelho. Aprendeu recentemente a baloiçar e é um perigo tê-lo no colo agora. Agora que estamos os dois em casa (o pai de licença e eu de férias), passamos largos momentos os três no mimo. Ele explora as nossas caras com as mãozinhas e tenta agarrar-nos os olhos, o nariz, a boca, os cabelos... uma doçura! Não teve - até ver - regressão de sono, e começa a ter cada vez mais horários e rotinas. Há tempos diziam-me que os miúdos só tinham piada a partir dos 3 anos, e não podia discordar mais: cada dia com este bebé é único e maravilhoso.