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Ti! Ti! Ti!

por Mia, em 12.11.18

Pequeno monstrinho não fala. Diz meia dúzia de palavras, mas é basicamente isso. Mas desengane-se quem pensa que não se faz entender. Agora ganhou esta mania: quando quer algo aponta e diz: "ti! ti! ti!". Ninguém sabe o que significa ou de onde veio esta expressão. Perguntei no colégio e nenhuma das educadoras ou auxiliares me soube explicar, mas a cara que ele faz, o bracinho esticado e até o próprio tom são das coisas mais cómicas que já ouvi.

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É a única explicação que encontro para o facto de, pela segunda vez, me enviarem uma factura com acertos que excedem as duas centenas de euros. Considerando que tenho uma casa com eficiência energética A+, electrodomésticos A+ ou A++, e praticamente só estamos em casa à noite, assumo que pensam que não tenho mais onde gastara o dinheiro e estão a brindar-me com sugestões. É isso, não é?

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15 meses

por Mia, em 08.11.18
Entrou pelo próprio pé consultório adentro, com o boletim de saúde na mão, e foi logo brindado com um "eh lá, grandes progressos". Meu pequeno homenzinho. Foi virado e revirado, deixou que lhe vissem os ouvidos e a garganta, estranhou o frio do estetoscópio quando foi auscultado mas nem por isso se queixou. Foi pesado sentado pela primeira vez, muito quietinho como a mamã pediu para ficar. O doutor deu-lhe um daqueles pauzinhos de ver a garganta para brincar, e tivemos entertenimento até ao dia seguinte. Tudo como se quer, 11.5kg de fofura, um desenvolvimento normal para a idade, uma criança feliz. E uma pessoa pode pedir mais do que isto?

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Dois cabelos brancos

por Mia, em 07.11.18
A brincadeira começou há coisa de um ano atrás. Apareceu tímida, pequenina e quase imperceptível: a minha primeira branca. Não fui de meias medidas e arranquei-a. Ah, não deves porque nascem mais sete. Caguei. Voltei à minha vida, feliz e contente, até que na semana passada, enquanto esticava o cabelo, olho no espelho e lá está a puta outra vez. Raça da branca, ali no mesmo sítio, desta vez um pouco maior. Arranquei. Ah, não deves, porque... SHHHHHH! Acabou-se o cabelo branco, e tudo estava bem no universo outra vez, até que hoje dou com mais um. Semi-branco, ainda da cor original em baixo mas branco na raiz, como que a lembrar o que vem aí, que a vida avança e uma pessoa não vai para nova. Isto dos cabelos brancos pode parecer uma futilidade, há quem me diga até que é ridículo queixar-me dos meus dois cabelos brancos considerando que estou a bater nos 32 e há muito boa gente da minha idade com meia cabeleira grisalha. Entendo. Mas para mim isto é muito mais do que vaidade. É um lembrete de que a vida não dura para sempre, que o corpo começa a estragar-se, e que a nossa presença neste mundo passa tão rápido. E caramba, como eu gosto de cá andar.

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É só isto meus amigos, até ver só há vestido. 

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Comprei um vestido de noiva

por Mia, em 07.11.18

Comecei por estabelecer bem o que não queria. Depois o que precisava, o que me favorecia, o que não podia nunca usar com o meu tipo de corpo. Depois alinhavei uma lista com as características do que gostava. Depois ignorei isso tudo e após experimentar uns 523 vestidos escolhi o que gostei.

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"piu*, dá cinco à mamã"

 

...e ele vem, a andar feito pinguim, e dá cinco. E depois estica o indicador para tocar no meu e ri-se quando eu afasto os nossos dedos e faço o barulho de uma explosão. E termina com um fist bump, como não poderia deixar de ser.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

* de piu-piu. do meu pintainho.

 

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Da falta de civismo

por Mia, em 06.11.18

Chegar ao shopping e naqueles lugares reservados a famílias (que são mais largos para podermos passar com ovo/carrinho/todo o arsenal que uma criança acarreta) está.... um smart!

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Cá por casa tudo igual, tudo diferente. Deixei o meu emprego e comecei o novo, e a adaptação, ainda que tenha custado nos primeiros dias, tem sido uma agradável surpresa. Trabalhar na minha cidade é tudo o que eu esperava que fosse: saio com 30 minutos de antecedência de casa, vou deixar o monstrinho à creche, visto-lhe a bata, dou beijinhos, "a mamã adora-te e volta logo", e vou-me embora, a pé. Chego ao trabalho 5 a 10 minutos antes da hora. Ao fim do dia, o percurso inverso, desço a rua e em 6 minutos estou a abraçar o meu pequeno. E não há nada que pague isso. 

 

Para ele, a mudança foi um pouco mais difícil. Estive com redução de horário até sair da empresa antiga, e ainda que trabalhasse a uma hora de distância, no máximo às 17h ele estava a sair. Passar a sair uma hora mais tarde foi doloroso. No primeiro dia cheguei e já só estava ele e outra menina, e o meu coração de mãe partiu-se em mil pedacinhos. Questionei todas as decisões que tinha tomado, mas depressa concluí que se tivesse continuado onde estava, e terminada a amamentação, passaria a ir buscá-lo ainda mais tarde (nunca antes das 19h30), por isso vamos ter que nos adaptar. Todos. Tivemos choro de manhã, birras de cansaço ao final do dia, mas aos poucos a coisa vai estabilizando.

 

E falando em monstrinho, as coisas que esta criança aprende de dia para dia? Não vos vou contar grandes feitos, não direi que é um prodígio ou sequer avançado para a idade no que quer que seja. É um miúdo normal, cada vez menos bebé e mais menino, e eu saboreio cada pequena conquista. Começou a andar (e mais recentemente a correr) e agora o mundo é dele. É curioso, astuto, aprende rápido. É meigo e carinhoso, tira comida da boca dele para nos dar se pedirmos, faz miminho, sorri e dá abraços com fartura. Mas também tem mau feitio: aprendeu a birra e agora atira-se para trás quando é contrariado, chora, deita-se no chão. Não damos importância para que não veja isso como 'arma' para conseguir o que quer. Come bem, dorme bem (ultimamente nem tanto, ora são dentes, ora gastro, ora constipação, uma ramboia), não dá chatices. É um bom menino.

 

Começamos a preparação para o casamento e já estou exausta. Amanhã faço a primeira incursão no mundo dos vestidos de noiva, logo vos conto como correu, mas vou com expectativas baixinhas baixinhas. Já as quintas são toda uma outra epopeia. Só queríamos um espaço amplo, mesas de madeira corridas e cadeiras simples, já agora a preço de gente. Aparentemente é pedir demais, e ainda não vimos nada que fugisse ao clássico: mesas de vidro, poltronas, veludo, pérolas, cristais, véus a cair do tecto, dragões a cuspir fogo... esta última pode ser exagero mas vocês perceberam a ideia. Passamos dois dias a ver quintas e quase desisti de casar. Não há de ser nada.

 

Na correria da vida, o blog passou para 76352º plano. Adorava vir cá com mais frequência, faz-me falta escrever e ler-vos (ainda está por aí alguém?), mas o tempo voa, uma pessoa escreve posts mentalmente enquanto está no duche ou antes de adormecer, mas depois nunca os passa para o papel (salvo seja), outros blogs são lidos de fugida nas salas de espera de consultórios ou em tempos mortos - que são cada vez menos - passam-se dias, semanas, meses e pronto. A ver se consigo vir cá mais vezes. 

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Do Halloween

por Mia, em 02.11.18

Se eu acho bem que se importem tradições que não são nossas? Honestamente, não me interessa por aí além. Copiem, não copiem, é-me igual.


O que me fode a paciência é andarmos com campanhas a torto e a direito sobre bullying, que não se pode dizer nada às criancinhas porque senão são todos vítimas, etc etc, mas depois chegamos ao 31 de Outubro e é aceitável que putos façam asneiras e tratem mal os outros quando não se lhes dá doces. Clap clap clap.


Vou-vos explicar o meu Halloween. Estávamos os três em casa, eram quase 23h. O miúdo dormia. Miúdos vieram tocar à campainha. Não abrimos a porta porque não tínhamos absolutamente nada para lhes dar, não fazia sentido. Não estávamos preparados para aquilo, não temos esta tradição, se soubesse até teria comprado uns chocolates, mas o mais parecido com isso que havia em minha casa eram barras da prozis e tenho quase a certeza que não é aceitável dar isso a crianças - por muito que a Carolina Patrocínio apregoe o contrário. Pois bem, onde é que eu ia? Ah sim, 23h tocam à campainha. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Estive quase a ir lá fora convidá-los a vir adormecer novamente a criança. Adiante. Pareceu-me ouvir uns barulhos, espreitei, não se via nada, passou-se a noite.


Ontem o dia amanheceu com uma surpresa fantástica: os portões e vedações metálicas todos sujos de ovos e farinha. Oh, criancinhas tão inocentes, não é? Não, não é. Acontece que os portões tinham sido pintados esta semana. Gastamos centenas de euros nisso. E a mistura de tinta ainda meio fresca + portões que não são completamente lisos + ovos + farinha foi explosiva, e agora aquela merda não sai. Ontem o desgraçado do homem lá foi, à noite, à chuva, munido de esfregão e tira gorduras, tentar salvar o património, mas adivinhem? Apesar de ter ficado um pouco melhor, não resolveu, claro, e os portões e vedações metálicas estão irremediavelmente estragados.


Brincadeira de crianças? Não, meus amigos, isto é vandalismo. E aparentemente é aceitável ensinar às crianças que podem cometer actos de vandalismo quando não se lhes dá o que querem. E agora, quem se responsabiliza por isto?

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