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Avisei o meu filho que ia ficar de castigo e ele simplesmente levantou-se e foi se sentar no cantinho à espera que lhe déssemos o ok para sair. Já nem tenta argumentar.
Ginásio à hora de almoço.
Uma yammi, e mil receitas por experimentar. Já provaram o bolo de laranja?
Compras online feitas há mais de uma semana, a chegar hoje! Seguimos fortes sem por o nariz fora de casa e com a despensa abastecida.
Permitam-me que sugira um outro sítio onde gostaria imenso que fossem...
... pró caralho.
Conseguimos fazer as tarefas domésticas sem nos roubar tempo de qualidade uns com os outros.
Nº de peças de roupa por lavar: 0
Nº de peças de roupa por passar: 0
Pessoal que está em casa com os respectivos cônjuges há uma semana e já andam às turras... o que é que isso diz das vossas relações, hum?
Temos um jardim.
Acordar uma hora mais tarde todos os dias.
Já ter comprado a prenda do dia do pai há duas semanas. Mesmo em quarentena, hoje há festa!
Não? Fui só eu? Está bem então.
Pois que desde que começou a quarentena, tenho feito as compras online. Que é como quem diz, encomendo para 2 semanas, e depois mais duas, e assim vamos evitando por o nariz na rua. Sucede que o continente impediu os pagamentos à porta de casa. Tudo muito bem, nada contra, uma pessoa adapta-se e lá vai, toda contente, fazer as suas compras. Ignora o bug de integração entre a app lista de compras e a app do continente online que multiplica as quantidades (convenientemente), respira fundo e ultrapassa os produtos que desaparecem do carrinho quando avança para o checkout e segue para o pagamento. Cartão de crédito inserido, paga, e nada. Se calhar não funcionou. Paga novamente, e anda para trás no carrinho. Oh diabo, vamos tentar mbway. Outra vez a mesma brincadeira. Passemos então para desktop, não vá ser problema da app. Outra vez para trás. Ora deixa lá ver se isto não deu borrada na minha conta bancária. Pois, pois é. 4 encomendas debitadas, um prejuízo com quase 4 dígitos, e encomenda nem vê-la. Atender o telefone também não está a dar, e se a resposta aos e-mails for tão eficiente como costuma... estou bem quilhada.
Não há trânsito, não se pagam portagens, não se gasta gasolina.
Dias inteiros com os meus homens
Mas depois mandam o meu pai trabalhar. Uma pessoa que teve um AVC há menos de cinco anos, tem arteriosclerose, é hipertenso, epiléptico, e foi fumador toda uma vida, fazendo, portanto, um belo cocktail que o posiciona num grupo de risco. Como se não bastasse, faz atendimento ao público. No centro de saúde, contudo, consideram que ele não necessita de se afastar. Não carece. Faz a vidinha normal e é se quer, porque a única forma de o mandarem para casa é apanhando o vírus, ou tendo estado em contacto com alguém que o tenha. É claro que aí poderá ser tarde, mas who cares, não é verdade?
E para tentar controlar os dias mais negros, porque há sempre coisas boas, mesmo quando não parece, inicio hoje esta pequena rubrica aqui no blog. Um exercício de tentar ver o lado bom, num período de adversidade. Convido-vos a fazer o mesmo!
Coisa boa do dia: tempo para voltar ao blog
Digam-me lá, como é que vocês sobrevivem a um fim de semana normal? Não quero ser chata nem nada, mas tipo... passaram dois dias.
Quarto dia de quarentena. Um ataque de pânico, um de choro. Medo, muito medo. Continuo sem entender o pessoal que sai à rua como se nada fosse, as influencers que falam do tema com "humor" enquanto fazem boquinhas para a câmara. Isto é sério, caramba.
O futuro é incerto, temo pelos meus . Uma pessoa não pensa em grupos de risco até ter que pensar, e de repente olha e há idosos, cardíacos, diabéticos, um doente crónico, outro hipertenso, e a lista continua...
Temo pela nossa economia, e pelo que será do mundo daqui para a frente. Antevejo as saudades e não posso sequer considerar a hipótese de algo correr mal, que me falta o ar. Não tenho backup plan, e não sei viver com este nível de incerteza. Isto é a sério, não acontece só aos outros, não vai passar "porque sim" ou "com o calor". Por favor, fiquem em casa!