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E nem me façam falar da igreja. Todo o processo é tão moroso que se não fosse pelo baptizado do puto se calhar já tínhamos cancelado a cerimónia religiosa. É preciso ir à igreja onde vamos casar buscar a papelada. E depois à igreja da nossa freguesia. E depois ir a cada uma das igrejas onde fomos baptizados e fizemos a primeira comunhão. E depois voltar à da nossa freguesia. E depois à arquidiocese. E depois à igreja onde vamos casar. E algures no meio, cortar os pulsos.
E o padre garganeiro da nossa freguesia? Adoro. Primeiro chega num carrão que mete o meu num chinelo. Qual vida modesta qual quê. Reclamou que as pessoas fogem à igreja (pergunto-me porquê). Perguntou-me se o meu filho era doente por estar de óculos de sol. Disse mal da nossa casa e do sítio onde a tínhamos construído. Torceu o nariz porque escolhemos casar noutra igreja - pedido do meu avô, que gostava que eu casasse no mesmo sítio onde eles casaram. Depois queixou-se que o processo era muito complexo. Que tínhamos que pagar para ele tratar dos papéis. E mais uma multa porque não vamos casar lá. E mais um dia de salário de cada um de nós por cada ano que vivemos na freguesia. Em 3 interacções que tivemos, pediu-nos dinheiro 3 vezes. Posso estar desactualizada, não leio a bíblia vai para uns vinte anos, mas tenho quase a certeza que a ganância era pecado.