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Se eu acho bem que se importem tradições que não são nossas? Honestamente, não me interessa por aí além. Copiem, não copiem, é-me igual.
O que me fode a paciência é andarmos com campanhas a torto e a direito sobre bullying, que não se pode dizer nada às criancinhas porque senão são todos vítimas, etc etc, mas depois chegamos ao 31 de Outubro e é aceitável que putos façam asneiras e tratem mal os outros quando não se lhes dá doces. Clap clap clap.
Vou-vos explicar o meu Halloween. Estávamos os três em casa, eram quase 23h. O miúdo dormia. Miúdos vieram tocar à campainha. Não abrimos a porta porque não tínhamos absolutamente nada para lhes dar, não fazia sentido. Não estávamos preparados para aquilo, não temos esta tradição, se soubesse até teria comprado uns chocolates, mas o mais parecido com isso que havia em minha casa eram barras da prozis e tenho quase a certeza que não é aceitável dar isso a crianças - por muito que a Carolina Patrocínio apregoe o contrário. Pois bem, onde é que eu ia? Ah sim, 23h tocam à campainha. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Estive quase a ir lá fora convidá-los a vir adormecer novamente a criança. Adiante. Pareceu-me ouvir uns barulhos, espreitei, não se via nada, passou-se a noite.
Ontem o dia amanheceu com uma surpresa fantástica: os portões e vedações metálicas todos sujos de ovos e farinha. Oh, criancinhas tão inocentes, não é? Não, não é. Acontece que os portões tinham sido pintados esta semana. Gastamos centenas de euros nisso. E a mistura de tinta ainda meio fresca + portões que não são completamente lisos + ovos + farinha foi explosiva, e agora aquela merda não sai. Ontem o desgraçado do homem lá foi, à noite, à chuva, munido de esfregão e tira gorduras, tentar salvar o património, mas adivinhem? Apesar de ter ficado um pouco melhor, não resolveu, claro, e os portões e vedações metálicas estão irremediavelmente estragados.
Brincadeira de crianças? Não, meus amigos, isto é vandalismo. E aparentemente é aceitável ensinar às crianças que podem cometer actos de vandalismo quando não se lhes dá o que querem. E agora, quem se responsabiliza por isto?