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Tenho um amigo, que já foi mais do que um amigo sem nunca ser tanto quanto ele queria, mas que me está no coração. Que é para mim uma pessoa importante. Que quero ter ao meu lado, em quem penso nos momentos tristes e com quem quero sempre partilhar as minhas alegrias. Que é hoje para mim um amigo-irmão.
Que já deixou de me falar durante anos porque as nossas expectativas não são, nunca foram, as mesmas.
Que um dia invadiu novamente a minha vida de um dia para o outro e voltou a ser meu amigo (na verdade nunca deixou de o ser, penso eu).
Tenho um amigo que já voltou a querer mais do que um amigo e por isso se afastou de outra vez de mim.
E voltou.
E caímos nos mesmos erros, ele quer uma coisa, eu quero outra, ele foi embora outra vez.
E voltou.
E a história repetiu-se e lá foi ele.
E voltou.
E mesmo a maior das amizades tem o seu limite e chega a um ponto em que atinge o nível de desgaste, e quando o meu amigo voltou a querer ser mais do que um amigo e, sendo negado, disse que ia sair outra vez da minha vida, e foi avisado de que se o fizesse, seria a ultima vez.
E ficou.
Ficou, e somos amigos. Ou assim queremos crer, os dois, ainda que eu desconfie que esta amizade seja frágil, tão frágil que não sei se vai sobreviver à notícia do noivado e ando aqui às voltas desde o dia em que enfiei o anel no dedo, sem saber como raio vou descalçar esta bota.