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...mas também quero dar o meu bitaite sobre educação. Li muito por esses blogs e redes sociais variadas, opiniões sobre um tema sobre o qual a minha opinião tem vindo a mudar ao longo dos anos: bater nas crianças. Não espancá-las, valha-me Deus, mas aquela palmada educativa no momento certo que, dizem, faz maravilhas. E eu também dizia. Não raras vezes saiu da minha boca a frase: fosse meu filho e já tinha um par de estalos.
E depois fui mãe.
Tenham em atenção que esta coisa da maternidade é uma aprendizagem constante, e o que hoje é uma verdade absoluta amanhã já não é bem assim. Perdoem-me a incoerência se daqui a uns tempos lerem aqui uma opinião completamente diferente. Hoje, a minha opinião é esta.
Não tenciono bater no meu filho. Gostava de o conseguir educar de forma a que não seja necessário recorrer à violência física para fazer valer a minha vontade, e não considero que isso seja tarefa assim tão complicada. Acho que muitas vezes falta tempo, vontade, e paciência para se educar de forma diferente. Assim de repente, lembro-me de os meus pais me terem batido duas vezes, em toda a minha vida. Ambas foram, a meu ver, injustificadas. Sempre fui uma criança obediente e educada, não foi à base do estalo e, garanto-vos, não me fizeram falta nenhuma.
E depois há a questão do que isso ensina aos miúdos. Monkey see monkey doo, aplica-se também às crianças. Se ensinamos os nossos filhos a usar um castigo fisico para fazer valer as nossas vontades, como podemos pedir que não façam o mesmo? Tenho uma amiga que anda preocupadíssima porque o filho lhe bate. A mesma pessoa que, sempre que o miúdo faz asneiras, lhe dá uma palmada na fralda. Ora, será assim tão estranho que a criança tenha este comportamento?
Estás a ser ingénua - dizem-me - quando o teu filho começar com as birras falamos. Aceito. Concedo, claro, que isto é uma opinião meramente teórica. Mas gostava mesmo de conseguir ter a paciência e resiliência suficientes para educar o meu filho de outra forma.
E vocês? O que pensam deste assunto?