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Passamos o dia a desinfestar a casa. Bichos desparasitados e trancados na varanda, tudo o que podia ir à máquina enfiado em sacos pretos para ser lavado a 40º, casa limpa, spray anti-pulga em todos os cantos, uma canseira. Não reclamou uma vez. Não se queixou do facto de eu ter trazido os animais para casa, sacanas que já o conquistaram e ele nem gostava de bichezas. Não insinuou que provavelmente foi esta minha mania de mexer em tudo o que é vadio, a causa da infestação. Fez o trabalho mais sujo, o mais pesado, e nem pestanejou.
Ao fim do dia fui ao pé dele e abracei-o, enquanto pensava na sorte que tenho por ele existir. Nesse exacto momento, ele diz-me ao ouvido: "ao menos temo-nos um ao outro".