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Ainda na aula sobre amamentação aprendi que devemos amamentar sempre e nunca desistir, dê por onde der. Mamilos gretados e ao dependuro? Continuem a amamentar. Mastites? Continuem a amamentar. Sangue e lágrimas a escorrer-vos só de pensar na hora da mama? Não desistam. A criança tem dentes? Continuem a amamentar. O puto come de garfo e faca já? Mama em pé? É continuar sempre a amamentar, é a melhor bênção da vida e a única forma de o vosso filho vos amar.

 

Fundamentalistas da mama, adoro 

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8 comentários

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De Gracinha a 22.06.2017 às 10:15

Foi por esses fundamentalismos que eu levei a amamentação na primeira gravidez ao extremo e agora não quero nem ouvir falar do assunto. Deus me livre.
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De Mia a 22.06.2017 às 10:55

Acho um absurdo, principalmente quando acontece num hospital, num curso ministrado por profissionais de saúde. Conheço uma pessoa que teve uma depressão pós parto porque não conseguiu amamentar. Entupiram-na tanto com este discurso, que ela fez daquilo obsessão, e claro, quando não conseguiu (nem o bebé mamava nem a bomba puxava, nem as enfermeiras conseguiam ajudar), sentiu-se uma falhada! Ridículo mesmo.
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De Margarida a 22.06.2017 às 10:34

Não sou mãe, nem o pretendo ser, mas confesso que esses fundamentalismos que fazem comichão. Tenho amigas que preferem mentir ao dizer que "perderam o leite" do que assumir que não quiseram dar de mamar, pelo medo dos julgamentos alheios. 
Entendo que prefiram isso do que dissertar sobre os opcões da mulher, e os benefícios de um e outro a cada vez que se fala no tema, mas no final, que raio tem alguém a ver com as escolhas de cada mãe? 
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De Mia a 22.06.2017 às 11:00

E percebo perfeitamente. Eu nunca quis amamentar, nunca. No entanto tenciono fazê-lo porque é melhor para o meu filho. Mas se tivesse decidido não amamentar, provavelmente preferiria omitir que foi uma decisão pessoal, e arranjar uma desculpa qualquer. As pessoas são imensamente cruéis com as mães que não querem - e mesmo com as que não conseguem - amamentar! Fazem-nos pensar que não dar mama é o fim do mundo, que não há alternativa possível. Em pleno ano 2017, proíbe-se a publicidade a leite artificial, desencoraja-se que se fale de biberões, chupetas e afins. É uma loucura, para umas coisas defende-se que a mulher é livre de fazer o que quiser com o seu corpo, e para outras somos ainda tão tacanhos...
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De Bella a 22.06.2017 às 15:32

Sou muito jovem para ser mãe, não sei se algum dia o serei, mas caso o seja, muito provavelmente nunca amamentarei.
Questiono-me o que alguém com algum problema vai fazer à vida. Porque está bem que o leite materno até possa ter outros nutrientes (o que também não sei se é verdade, mas pronto, partido do princípio que é), mas se a pessoa tiver algum problema, ou alguma deformação, ou simplesmente não conseguir ou não querer. É por esse motivo que o filho vai ser mais ou menos que os outros?
Cada um tem o direito às suas decisões, e seja qual for a decisão, os outros têm mais é que calar o bico, engolir a opinião que ninguém lhes pediu, e meter-se na sua própria vida.
Eu sei que pode ser estúpido em dizer isto com apenas 15 anos, mas a verdade é que me mete nervos quando tudo se põe a julgar quem não amamenta, nomeadamente porque tenho um problema relacionado com a mama, e odeio quando me dizem que não pode ser por ele que um dia à frente não vá amamentar.
Mas bem, é a sociedade que temos...
Boa sorte para todas essas aulas e para aturar os fundamentalistas e os palhaços!
Beijinhos <33
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De Mia a 22.06.2017 às 20:12

Acredito que em termos de nutrição seja melhor para a criança. Há estudos que assim o comprovam, e apesar de a ideia não me agradar por demais, tenciono fazê-lo precisamente por isso. Mas acho que quem não o faz não merece ser crucificada! Este extremismo todo tira-me completamente do sério, até porque lá está, às vezes nem é uma opção!
Beijinho
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De nada acontece por acaso a 24.06.2017 às 15:06

Dei de mamar à minha primeira filha, mas foi uma experiência que detestei. A bebé era muito pequenina, nas mamava o suficiente, eu tenho mamilos invertidos - o que só complicava a situação - não houve bicos de silicone que me valessem, fiz mastites e tudo o mais que pode haver de mau. Insisti, mais por pressão do que por vontade própria, durante um mês e meio. Era um desespero para ela e para mim. Respirei de alívio quando a amamentação acabou. Aquela má experiência marcou-me de tal forma que assim que soube que estava grávida de novo, e já passados 4 anos, decidi que não ia dar de mamar aquele bebé. Falei com a minha médica que bem sabia o que tinha passado da 1ª vez e concordou comigo. No hospital quase fui crucificada por outros médicos e enfermeiras, e depois até por algumas pessoas próximas. Borrifei-me nas opiniões alheias e foi o melhor que fiz. Sem sobressaltos, sem angústias, sem bebé a perder peso etc. 13 anos depois é um rapagão e tanto e sem nunca ter tido doenças nenhumas de maior, só varicela mesmo, mas isso quase todos têm. Não me venham cá com merd@as que não fui menos mãe por isso. Nem por ter precisado de uma cesariana no primeiro parto, não por opção minha, mas porque a bebé entrou em sofrimento durante o parto, como me chegaram a dizer "ah tu não sabes o que é ter filhos, cesariana não é parir". Para a pata que os pôs a todos. Cada um é como cada qual e cada um sabe de si. Mães de primeira viagem, façam o que acham que devem fazer, sigam o vosso instinto, ninguém melhor que vocês conhecem o vosso corpo e o vosso filho.
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De Mia a 26.06.2017 às 10:08

É exactamente como eu penso. Tentaste a amamentação, tentaste o parto natural. Não deu? Pois paciência, se existem alternativas é para as usar. E nem que não o tivesses tentado! Da mesma forma que respeito quem acha a amamentação um acto divino, respeito quem não o quer fazer. E gostava que os nossos profissionais de saúde (pelo menos) fizessem o mesmo.

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