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Igual igual não será, é meu e só por isso é para mim o mais maravilhoso, o mais bonito, o mais esperto... vocês sabem. Mas a maternidade não me tirou o discernimento, e tenho perfeita noção de que o meu bebé é... um bebé. Com um mês, não recita os Lusíadas, não dá cambalhotas, não fala quaisquer línguas, e ainda nem aprendeu a programar em java. Vá-se lá entender.
Em compensação faz um cocó amarelo com uma consistência de fazer inveja às melhores mostardas. Tem um sentido de oportunidade fenomenal e sabe que o melhor momento para "aquela" mijinha é no segundo entre tirar a fralda suja e colocar a lavada. Sabe pedir colo e mama quando precisa. E faz os sorrisos mais fofos, ainda que às vezes sejam só gases.
Chateia-me esta competição desmedida entre mães, familiares e amigos, pelas conquistas dos bebés. É um bebé normal? Tudo bem, não preciso que seja sobredotado ou acima da média. Desde que seja um bebé feliz, estamos bem. Ainda assim, noto que as pessoas à nossa volta procuram todos os sinais de que o bebé seja "muito precoce": mandou um peido barulhento? Tão evoluído, o filho da fulana do café só manda bufas silenciosas; Tem um mês mas pesa 10kg? Maravilhoso, pequeno budinha, a crescer mais do que o esperado.
Deixem-me a criança em paz. Só se é bebé uma vez na vida, e tudo tem o seu tempo. Não me interessa que ele "salte" fases, que ande/fale/brinque mais cedo do que o normal, há de o fazer ao ritmo dele. Se esse ritmo for o "normal", perfeito. Se for mais tarde, em princípio, também não virá mal nenhum ao mundo. Se tiver que ser mais cedo, pois que seja. Mais importante do que isso é parar de procurar génios nos catraios e de os comparar uns com os outros. O mundo encarregar-se-á de fazer todas as comparações desnecessárias, a seu tempo. Por agora, se calhar, preocupavamo-nos apenas em deixá-los ser bebés.