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Sou do caralho. Do caralho. Tenho colegas que sao, igualmente, profissionais do caralho, melhores, alguns muito melhores do que eu. Viajamos quase todas as semanas, andamos pelos quatro cantos do mundo, mostramos que o português tem cérebro, é inteligente, sabe pensar. Desenvolvemos coisas novas, mudamos a realidade, melhoramos o dia a dia das pessoas. Não se deixem enganar pelas merdas que escrevo, quando estou em modo profissional a coisa muda de figura. Somos bons, mesmo bons. Somos desenrascados, trabalhadores, já disse que somos inteligentes? Às vezes, quando ninguém mais resolve, chama-se uma equipa de portugueses, porque eles - os de fora - valorizam-nos e apostam em nós. Apesar disto voltamos a casa. Contribuimos para combater uma crise que alguém criou quando ainda usavamos fraldas. Ajudamos com os nossos impostos que nos levam largas centenas de euros por mês, e não ganhamos nem de longe nem de perto o que merecemos. Representamos e ajudamos o nosso país numa base diária, e como nós muitos outros portugueses pelo mundo.
Agora perguntem-me: estas orgulhosa do benfica?! Eh pá não. Desculpem lá qualquer coisinha, não é que saber dar chutos numa bola seja menos válido do que por os neurónios a trabalhar, mas enerva-me que ainda se valorize mais quem tem a sorte, a aleatoriedade, de nascer com o dom de saber brincar com bolas, do que quem queima as pestanas, cultiva a mente, e faz o mundo avançar. E eu até sou do Sporting.