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Sinto-me sozinha. Uma das minhas "grandes" amigas deixou de me falar, do nada, e nem se dignou a explicar-me porquê. O meu homem é um doce, mas é péssimo a consolar pessoas e é a pessoa mais distraída que eu conheço. A minha mãe odeia-me, assim como ao meu irmão, porque detestamos o namorado dela que é uma besta oportunista. Trabalho como uma mula e às vezes sinto que não tenho tempo para viver. Vejo o meu pai raramente, e metade das vezes não presta atenção ao que eu digo e faz-me sentir invisível. Tive que adiar, mais uma vez, um dos sonhos da minha vida. Acho que estou mais gorda, apesar da fita métrica, essa cabra mentirosa, dizer o contrário. Cada dia que passa vejo os meus avós a envelhecer mais um pouquinho, e morro de medo do dia em que ficar sem eles porque não sei se vou saber viver assim. Por outro lado isso recorda-me todo o tempo que estou a passar longe dos meus pais, e como sei que a vida é curta e um dia todas estas guerras e picardias vão parecer tão insignificantes e a saudade e a culpa vão pesar tanto. O meu homem está sempre longe e eu sinto tanto a falta dele, mas odeio-o um bocado quando ele volta porque sei que não tarda vai embora outra vez. Os meus sobrinhos estão a crescer tão depressa, depressa demais, ainda ontem lhes mudava fraldas e agora vão para a escola, não há direito de fazerem isto a uma pessoa. Às vezes apetece-me falar com alguém e sinto que não há ninguém que me compreenda.
Sinto-me tão terrivelmente só.
*Regressaremos à programação habitual dentro de instantes, não se apoquentem.