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Quando a quarentena começou, refugiei-me na comida e no conforto de estar em casa. Nunca estive sem trabalhar, tenho até maior carga do que anteriormente, mas havia sempre tempo para um docinho, um bolo, umas tapas, um chocolate. Apesar de não se reflectir no peso e até estar mais leve, rapidamente percebi que aquele nível de lontrice iria ter consequências pesadas.

De modo que deitei mãos à obra. Subscrevi o programa LesMills on demand e em março treinei 3 a 4 vezes por semana. Comecei a ver a balança subir, mas a fita-métrica a apertar, e, mais do que isso, os ataques de pânico a diminuir e um maior bem estar, de forma geral. Mas não chegava. Sou teimosa como uma mula, e assumi o auto-desafio de terminar a quarentena melhor do que comecei. O meu "quarentena body" havia de fugir à regra dos gordos da quarentena.

Em abril, estabeleci a meta dos 20 treinos, e cumpri 22. Estava lançada, as diferenças começavam a ser visíveis, os treinos começaram a ser mais demorados e a contemplar outras áreas. À medida que o corpo ia respondendo, comecei a achar que era importante tratar também a mente e incorporei uma vertente de pilates no final de cada treino. E foi assim que dei cabo de tudo.

Adoro pilates e exercícios de flexibilidade, mas odeio, com todas as minhas forças, sun salutations. E aparentemente o ódio é recíproco. Numa passagem a prancha, senti um pequeno esticão no trapézio. Ignorei porque não doeu assim tanto, continuei o treino. Ao tomar banho, baixou em mim aquela enxaqueca básica: pontos de luz, visão cortada, seguidos de dor de cabeça localizada, enjoos, enfim. Deitei-me pouco depois das 21h, e acordei na manhã seguinte ainda com dor de cabeça, e agora também no ombro. Esta última foi piorando. O trapézio inchou, a dor alastrou ao braço, pescoço, costas, cabeça. Mais um dia, e piorou novamente. Comecei a ver a vida a andar para trás. Não queria ir às urgências, porque pandemia, fiz teleconsulta. Anti-inflamatório de 8h/8h, e uma dor que não passava por mais de 6h seguidas. Rendi-me às evidências e rumei ao hospital - e isso dá "sumo" para um post inteiro. Mais uma catrefada de medicação, diagnóstico de trapézio distendido e de volta a casa. Estou finalmente melhor, mas com ordem de descanso e não fazer esforços. E o que me enerva mais é que não vou conseguir cumprir o auto-desafio de 25 treinos este mês (parei nos 2). Creio que, para além do trapézio, também tenho a cabeça estragada.

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publicado às 11:57



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