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Encho a boca para dizer "o meu filho". Saiu-me, naturalmente, desde o primeiro dia, "o meu filho". Trato-o por "meu amor", e diz quem vê que é a coisa mais estranha, logo eu, tão fria. Estou feliz, mas cansada, irritadiça, assustada. Feliz, não sei se já disse? Ainda assim acho que chorei todos os dias desde que ele nasceu. As hormonas são tramadas e o baby blues é mesmo uma coisa real. Olho para ele e penso que um dia inevitavelmente vai sofrer de alguma forma, seja um joelho esfolado ou um desgosto de amor, e desabo a chorar, coitadinho do meu menino. Tenho medos que nem sabia serem possíveis, e todas as teorias que tinha memorizado desaprendi. Não faço nada sem pensar duas vezes, e aquela história da culpa das mães é tão verdade que assusta. Estou feliz, mas ainda não estou a 100%. Voltarei, espero, em breve à programação habitual.