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Não? Fui só eu? Está bem então.

Pois que desde que começou a quarentena, tenho feito as compras online. Que é como quem diz, encomendo para 2 semanas, e depois mais duas, e assim vamos evitando por o nariz na rua. Sucede que o continente impediu os pagamentos à porta de casa. Tudo muito bem, nada contra, uma pessoa adapta-se e lá vai, toda contente, fazer as suas compras. Ignora o bug de integração entre a app lista de compras e a app do continente online que multiplica as quantidades (convenientemente), respira fundo e ultrapassa os produtos que desaparecem do carrinho quando avança para o checkout e segue para o pagamento. Cartão de crédito inserido, paga, e nada. Se calhar não funcionou. Paga novamente, e anda para trás no carrinho. Oh diabo, vamos tentar mbway. Outra vez a mesma brincadeira. Passemos então para desktop, não vá ser problema da app. Outra vez para trás. Ora deixa lá ver se isto não deu borrada na minha conta bancária. Pois, pois é. 4 encomendas debitadas, um prejuízo com quase 4 dígitos, e encomenda nem vê-la. Atender o telefone também não está a dar, e se a resposta aos e-mails for tão eficiente como costuma... estou bem quilhada. 

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Sad but true

por Mia, em 21.02.18

Chegamos aquele ponto da vida em que passar a ferro e ver séries se tornou num momento de relax.

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Compramos uma Yammi

por Mia, em 12.02.18

Terminada a amamentação exclusiva, foi-nos recomendada a introdução de outros alimentos entre o 5º e o 6º mês. Eu andava aterrorizada com isso porque faço as piores sopas de sempre. Sim, eu sei, antigamente não havia robôs de cozinha e todos sobrevivemos. Sim, uma varinha mágica faz maravilhas. Mas não tenho fé na minha aptidão para sopas e purés, por isso, num momento de distracção do homem, convenci-o a comprar uma Yammi.

 

 

Então Mia e agora, vais ser uma dessas evangelizadoras dos robôs de cozinha? Não, meus amores. Cada um vive como quer, como pode, e como lhe dá prazer. Mas querem saber a minha opinião? (vamos todos assumir que sim) A Yammi veio melhorar muito a minha vida.

 

 

Faço sopas frescas para o miúdo a cada 2/3 dias, em 30 minutos. Atiro com tudo lá para dentro e vou à minha vida, sem stresses, sem preocupações, sem ai meu Deus que a panela transbordou ou eish queimei a sopa. Purés de fruta? Idem. E só por isso já valia o investimento, mas há mais. Cozinho imenso para nós, de forma rápida e saudável. A bandeja de vapor é a minha nova melhor amiga. A família também agradece, porque passei a levar sempre uma sobremesa para todos os almoços e jantares, afinal, faz-se um bolo num instante. Para terminar o rol de vantagens, três palavrinhas para vocês: maravilha de chocolate. Ide pesquisar e depois contem-me coisas.

 

 

Desvantagens? Ora bem, claro que dar 300 e tal euros por uma maquineta doi na carteira, mas se compararmos com os 1000€ de uma bimby é bem mais suave (bimbólicos, escusam de vir dizer que a bimby é melhor, pois com certeza que é melhor, mau seria). O barulho. Esperava um bichinho mais silencioso, e acho que faz um chiqueiral. Mas já ouvi dizer que a anterior era pior. A espátula: aquela porra daquela peça no meio até pode dar muito jeito para pousar, mas não é minimamente prática para usar. O sistema de fecho: já por duas vezes fechei mal o copo e depois fiquei com a tampa empancada. Not cool.

 

 

Fora estes pequenos inconvenientes, somos grandes amigas, eu e a yammi. E creio que esta relação está para durar.

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Acho uma atitude de profundo egoísmo.

 

Nenhuma criança merece que se coloque nos seus ombros o peso de manter uma relação que está a falhar. Como filha de pais divorciados, acho que tenho legitimidade para falar sobre o assunto do ponto de vista da criança. Os meus pais separaram-se pela primeira vez quando o meu irmão nasceu, tinha eu quatro anos. Lembro-me de me explicarem as coisas, e de ir com a minha mãe viver para casa dos meus avós por uns tempos, mas não me lembro de muito mais. Sei que pouco depois já vivíamos todos juntos outra vez. Lembro-me de os meus pais discutirem, mas isso eram os bons tempos. Recordo-me de o meu pai oferecer muitas vezes presentes à minha mãe, que eu fui começando a identificar como "presentes de culpa", ou seja, uma tentativa de remediar quando tinha feito alguma borrada, ou de irem passar fins de semana fora, num esforço de recuperar algo que já estava perdido há muito. Os anos foram passando, e nunca tive o casamento dos meus pais como um exemplo. Com o avançar do tempo, o ambiente familiar foi-se ressentindo, e a gota de água foi quando a minha mãe decidiu voltar a estudar. O meu pai, pessoa extremamente possessiva e ciumenta, tomou aquilo como um ataque pessoal. Nas noites em que a minha mãe tinha aulas, jantávamos à pressa e deitavamo-nos cedo, para que ela ao chegar encontrasse uma casa escura e silenciosa e se sentisse culpada. Quando estávamos todos em casa, o ambiente era de cortar à faca e eles nem se olhavam nos olhos. Perto do fim, já faziam vidas totalmente separadas, apenas partilhavam o mesmo tecto, "por nós".

 

Será este ambiente mais saudável do que o divórcio?

 

Eu respondo: não. Não é. Quando os meus pais se separaram definitivamente, eu e o meu irmão voltamos a ter uma família. Nunca mais vivemos todos debaixo do mesmo tecto, mas passamos a conversar mais, a ter tempo de qualidade com cada um dos nossos pais. Ganhamos a atenção deles. Pessoalmente, ver os meus pais recomeçarem a sua vida e reerguerem-se após uma situação complicada, foi para mim uma inspiração - e não é isso que os pais querem ser para os seus filhos?

 

E vocês? O que pensam sobre este assunto?

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E se vos contar que...

por Mia, em 11.12.17

... esta pessoa me enviou um e-mail a dar os parabéns pelo bebé, que incluía a frase: "se há alguém que tem vocação para ser mãe és tu".

 

 

Ele há coisas...

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Mia e a sobremesa assombrada

por Mia, em 21.11.17

Andava há semanas para fazer uma sobremesa que comi há tempos em casa da minha avó. A coisa é simples: leite creme, gelatina de morango, morangos.

 

Primeiro não havia morangos, claro, não é a época deles, querias o quê? Semana após semana, e morangos nem vê-los. Desisti e avancei para as amoras, são frutos vermelhos na mesma, certo? Comprei, e planeei fazer no dia seguinte.

 

Chegado o dia, abro o armário para ver se tinha todos os ingredientes: a maizena tinha expirado em 2016. Tudo bem, amanhã compro.

 

Mais um dia passado, maizena comprada, abro o frigorífico em busca de ovos: não há. Grrrr. Ligo ao homem: traz-me ovos quando vieres para casa, por favor. Raios me partam, de hoje não passa.

 

Entretanto vou começar a fazer a gelatina, assim já vai solidificando. É claro que não havia gelatina de morango. Mas havia de melancia, close enough.

Penso cá para mim: já que estou a fazer gelatina aproveito e faço as duas saquetas, uma uso para o doce e outra distribuo em potinhos individuais - sabem, daqueles que têm uma tampinha em cima e uma em baixo? Assim fiz: seis potinhos espalhados no balcão e uma caixa grande, todos cheios e começo a tapá-los quando me apercebo que só tenho cinco tampas. Não há problema nenhum, é só verter o conteúdo de um dos potes na caixa grande. E eis que, no momento em que vou fazer isso, se dá o apocalipse.

 

O que aconteceu foi uma sucessão de eventos simultâneos, e que eu caia aqui mortinha se esta merda não é verdade. No segundo em que elevo o pote no ar, a tampa de baixo solta-se, e voa gelatina POR TODO O LADO. Armários, chão, os meus chinelos, balcão, tudo o que podem imaginar - sempre bom, porque até temos poucas formigas. No mesmo instante, o miúdo acorda e começa a chorar. Ainda nesse mesmo segundo, o gato que tinha saltado para o balcão para cheirar o que eu estava a fazer, assusta-se e corre para o outro lado do balcão. A gata, que estava nessa ponta, assusta-se com o barulho e salta para o chão derrubando o suporte das facas e dois quadros.

 

*inspira*

*expira*

 

Começo a limpar - como é que um pote tão pequeno leva TANTA gelatina?! O bebé a chorar, os gatos de volta de mim, o chão a começar a colar. Tento enxotar os gatos. O bebé chora. Os gatos a começar a tentar meter as patas na gelatina. SAIAM-ME DA FRENTE! Os gatos fogem, o bebé cala-se. Sentimento de culpa nos píncaros, desculpa bebé, não gritei para ti, beijinho beijinho, prendo os gatos, acabo de limpar a gelatina.

 

O homem chega com os ovos, faço o leite creme, corto a gelatina, misturo as amoras. Ficou bem boa a sobremesa. Nunca mais me apanham a fazê-la.

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"Nasce uma mãe, nasce um coque"

por Mia, em 08.11.17

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Quem nunca?

 

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De repente, já Novembro

por Mia, em 01.11.17

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Já posso começar a comprar prendas de Natal, ou ainda é escandalosamente cedo?

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Olá, eu sou a Mia, e sou uma chocólatra anónima. Por favor alguém me pare.

 

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Sou mãe há cinco minutos e já acho que domino a cena toda. Clássico.

 

 

1. Tudo me emociona. TU-DO. Hoje vi uma reportagem sobre a fome em África e chorei. Ontem vi dois cães vadios na rua e chorei. Não consigo falar de nenhum tema mais sensível sem me emocionar, e muito menos ficar imune aos dramas alheios. Sou um coração de pudim agora.

 

 

2. Tenho menos medo de bichos. Pouco me importa se abrir uma janela vai fazer entrar bicheza, quero a casa arejada para o puto não ter calor. Melgas? Mosquitos? Mato-os com as mãos, não vão eles picar o menino. Aranhas? Bitch please. Ainda há dias limpei o sebo a uma sem pestanejar.

 

 

3. Gosto mais do meu corpo. As estrias já não me dão vontade de chorar - continuo a odiá-las, não confundir - mas antes lembram-me que o meu corpo carregou o meu filho. Não almejo a perfeição, mas em vez disso fico contente porque os meus pés voltaram a ser pequeninos ou a minha barriga já encolheu tanto que consigo ver de novo o meu pipi. Sinto-me bem.

 

 

4. Durmo melhor. Oh, tão bem que eu durmo. É certo que uma "noite de sono" são na realidade 2 ou 3 power naps, mas são tão tão boas que nem vos conto, acho que nunca dormi assim na minha vida.

 

 

5. Arrotos e cocós são tema de conversa recorrente cá em casa. Pior que isso, são celebrados e incentivados. Sim, isto acontece.

 

 

6. Não quero deixar de amamentar o meu filho. Minto, quero. Acho que seria tudo tão mais fácil e faria uma diferença brutal no nosso dia a dia. Mas sei o efeito que isso teria nele e por isso tenho feito o esforço que nunca pensei fazer ou querer fazer, mesmo quando as coisas estiveram difíceis.

 

 

7. Como melhor. Nunca na minha vida comi de forma tão saudável como agora. Não como fast food desde que ele nasceu. Pondero bem todas as refeições, tento evitar alimentos menos bons e obrigo-me a fazer escolhas mais inteligentes, por ele. E nem me custa.

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Trabalho vs. Casa

por Mia, em 02.08.17

Na minha vida profissional, sou paga para apontar os erros dos outros. Tal e qual. O meu objectivo é identificar os pontos de falha dos meus colegas e colaboradores, e perseguir a sua resolução, de forma a que todos juntos consigamos produzir mais e melhor, e não tenho qualquer problema em fazê-lo. Não me custa apontar o dedo, e mentiria se dissesse que não me dá um certo prazer.

 

Mas em casa a coisa muda de figura.

 

A minha empregada não limpa debaixo dos sofás ou atrás da cama. Vejo teias de aranha junto ao tecto e nas calhas das janelas. É recorrente que ela estrague qualquer coisa (acontece a todos), e não avise - deixa-me doente!! Retira os objectos dos sítios para limpar, e depois deixa-os desarrumados. Não troca os blocos sanitários das sanitas (fico podre com esta). E eu? Eu assisto, calada, ando atrás dela a corrigir os erros, não me queixo.

 

Alguém me explica porque é que, dentro das minhas quatro paredes, sou uma pamonha?!

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"Beijinho no coração" está seguramente no top 10 das que mais me perturba.

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Gravidez não é doença.

 

E eu ia ser a prova viva disso. Não ia engordar muito. Não me iam inchar os pés nem as mãos. Iria trabalhar até quase ao final. Não me ia queixar das dores. Não ia tirar fotos à barriga. Não ia andar à pato. O cérebro de grávida não me ia afectar.

 

 

Ah ah ah. Sou tão engraçada, a pensar que controlo alguma coisa, não é?

 

 

A minha barriga cresceu tanto neste ultimo mês que já é recorrente ouvir o típico "tens a certeza que não são gémeos?" ou "estás prestes a explodir". Já estou de baixa há quase dois meses. Tiro fotos à minha barriga quase todos os dias - ainda que não as poste em lado nenhum, valha-me nossa senhora do bom senso. Larguei todos os anéis há meses, e desde a semana passada que os meus tornozelos não existem e os meus pés estão de um tamanho astronómico. Toda eu sou queixumes e gemidos, e quando tenho a bexiga cheia pareço uma pata choca. O meu cérebro virou pudim. Toma lá que é para aprenderes.

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Perdoem-me os que me lêem que são apologistas desta filosofia. Acho que ninguém consegue viver fugindo constantemente dos conflitos, que eles não deixam de existir só porque os resolvemos ignorar. Um problema não se resolve só por lhe virarmos as costas, e aquilo que não enfrentamos consome-nos a alma. Tive em tempos uma suposta grande amiga que dizia, precisamente, não gostar de conflitos. O que lhe aconteceu? Bem, da primeira vez que nos chateámos saiu da minha vida. Fui atrás, tentei conversar - sou de agarrar o touro pelos cornos e não de fugir dele. Mas quando um não quer, dois não dançam, e inevitavelmente tive que a deixar ir. Custou-me perder aquela amizade, e sei que para ela também não foi fácil, mas foi esse feitiozinho de merda e a cobardia de não enfrentar os problemas de frente que nos levaram a essa situação. Não consigo confiar em quem tem este modo de vida. Acho que este tipo de pessoa não pode ser honesto, quanto mais não seja com eles próprios.

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*suspiro*

 

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... no duche, vês um gafanhoto do lado de dentro da janela, e não saltas, não gritas, não lhe atiras com o champô... apenas continuas tranquilamente a tomar banho.

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Chamem-me hipocondríaca

por Mia, em 13.04.17

Na semana passada fui passar uns dias à capital com uma amiga.

Uma de nós foi indecentemente gozada por andar com o frasquinho de gel anti bacteriano atrás e desinfectar as mãos depois de sair dos transportes e antes de comer. A outra apanhou uma virose e está doente há quase uma semana.

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Unicorns and rainbows

por Mia, em 28.03.17

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Ontem, este bebé veio comigo para casa. Podia tentar explicar-vos a felicidade histérica que senti quando o vi na loja, mas acho que nem consigo.

 

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Eu: esqueci-me do papel que a dentista me deu, já não sei o nome da pasta.

Ele: eu sei qual é.

Eu: sabes? Qual?

Ele: Sim, chama-se Brexit.

Eu: ahahahah, se tiver que apostar não se chama Brexit.

Ele: chama!

Eu: ok, então pedes tu.

 

 

 

Alguém adivinha o nome da pasta???

 

 

 

 

Bexident-Sens.jpg

 

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Sou uma rebelde

por Mia, em 25.10.16

Ignorei o aviso que diz que duas toalhitas de papel sao suficientes para limpar as mãos e tirei três. Ah pois.

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