Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Vi finalmente a casa de papel. Andavamos a ver Suits, mas entretanto acabou a última temporada que havia no netflix, e ficamos órfãos de série. Decidimos pegar na casa de papel, e papamos as duas temporadas em pouco mais de uma semana - muito café para trabalhar no dia seguinte. Agora acabou... e sinto um vazio tão grande na minha vida!
... continuam a desejar-me bom ano. Não me fodam, isto não é normal.
Por exemplo, neste momento vê a neve a cair, e pergunta-se onde raio estava com a cabeça para ter trazido VESTIDOS para esta semana...
Comigo foi mesmo porque sim. Cheguei ao cabeleireiro, e em vez de pedir que cortasse os habituais dois dedinhos, disse-lhe que cortasse dois palmos. E já agora que fizesse uma franja. Olhem.. lembrei-me!
E gosto! Pensei que ia sentir saudades do cabelão, mas estou a adorar!
E um alien. Também vi um alien.
Juro que vi a sósia da Pipoca no metro.
Nem eu sabia as saudades que tinha de estar aqui, longe de casa, sem conhecer ninguém, de poder fazer o que me apetece, quando me apetece, andar a pé, observar pesoas sem ter que socializar... Há quem faça retiros espirituais, eu venho passar uns dias à capital.
Calma. Vamos todos ter calma. Não é nada disso, suas mentes estranhas.
Ultimamente deparo-me, nas casas de banho públicas, com sinais estranhos que não me permitem identificar qual é o lado do homem e qual é o da mulher. Ainda há dias fiquei a olhar para duas portas, cada uma com o seu sinal estilizado-ultra-moderno-supé-fashion, a tentar decifrar em qual delas havia de entrar. Arrisquei. Não estava lá ninguém, mas a ausência de urinóis faz-me crer que acertei.
Depois as setas. Senhores, as setas! No outro dia ia seguir uma seta também moderno-coisa que eu jurava que apontava para umas escadas. Vai-se a ver e a casa de banho era no lado oposto, no mesmo piso.
E vamos falar dos autoclismos? Ora é só passar a mão sem tocar, ora se roda, ou puxa, ou empurra, ou não faz nada e ele puxa sozinho, ou dá-se com o pé num botãozinho... tenho vergonha de vos contar quanto tempo estive parada no cubículo para descobrir esse do pé!
Pessoas, vamos entrar numa onda retro e começar a construir casas de banho... normais? Hum? Daquelas que as pessoas saibam usar? O que me dizem? Deixem lá isso da imaginação de lado, olhem, invistam antes em cabides, que uma gaja não gosta de por a mala no chão e fazer agachamentos com a mala ao ombro não é nada agradável.
... quem comprou um creme anti-rugas novinho, e no dia em que o ia estrear o deixou cair ao chão, espalhando creminho do bom por todos os armários, paredes e tapetes do wc, e ainda um pouco por ela abaixo!
Depois disto não admito que nenhum objecto daquela casa de banho me apareça com rugas de expressão, nem que digam que não os trato bem.
Tanto gozei, mentalmente, com uma colega que tem um pêlo enorme, escuro e grosso no pescoço e não o tira, que agora tenho um sacana que nasce recorrentemente no meu (vá lá que é fininho e mal se vê). O karma é mesmo fodido.
Aparentemente há uma escala para o quanto se gosta de alguma coisa:
Muito
Bué
Tótil
Sendo que muito é o mínimo e tótil é o máximo.
Como podem ver, durante as férias cultivo imenso a minha cultura geral.
Indecente, mas mesmo indecente, foi o homem ter-me deixado ir à manicure e pintar as unhas de rosa néon (don't ask, é a puta da silly season) no dia em que me ia pedir em casamento. Um heads up teria sido de valor.
Logicamente, acabei com o sofrimento da desgraçada. Agarrei num dos chinelos e esmaguei-a. O problema é que o homem não está em casa e só volta no final da semana.
A dúvida que se impõe é: quão aceitável seria deixar ali o cadáver para ele apanhar quando voltasse? É que eu sou um bocado nojentinha e estas coisas fazem-me comichões.
O meu gato acaba de me trazer uma borboleta moribunda. Deixou-a aqui juntinho aos meus pés descalços e sentou-se a olhar para mim num orgulho que só visto, enquanto a bicha estrebucha no chão.
Vou só ali dar um saltinho a Gaia, tentar passar por entre as pitas histéricas, a ver se dou uma beijufa no John Legend, e esperar muito muito que ele se lembre de cantar as musiquinhas do antigamente, de quando uma pessoa dizia o nome dele e as pessoas diziam "John quem?", aquelas musicas tão boas que não passavam na rádio mas que me trazem à memoria tempos tão bons e recordações que me aquecem o coração.
Se sobreviver, logo vos digo qualquer coisinha.