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Toda a vida tive medo de um parto natural e achei que a cesariana seria a saída fácil e segura. Até engravidar.

 

Não que tenha perdido o medo, longe disso. Mas toda a literatura e opiniões com que somos bombardeados descreve a cesariana como o demónio. És menos mulher, menos mãe, estás a colocar-te e à criança em risco desnecessário se optares por isso. Assim como acontece com o polémico tema da amamentação, ninguém se precave para aquelas situações em que não há alternativa, vai tudo a eito e se fazes isso não prestas.

 

 

Tudo bem.

 

 

Mentalizei-me que teria um parto natural, e mais importante: que era isso que queria. Li tudo o que havia para ler, planeei - tanto quanto se pode planear uma coisa tão imprevisível - em conjunto com a obstetra, definimos plano de parto, tudo a postos. Malas feitas, hospital escolhido, criança bem encaixada de cabeça para baixo, e... 3,5kg de peso estimado às 36 semanas, sem sinal de que o parto esteja eminente. "Estas coisas mudam do dia para a noite", diz a médica. Sei que sim. Sei que hoje ele pode não estar com vontade e amanhã pode decidir nascer. Mas e se não decidir? Ninguém no seu juízo perfeito provoca um parto antes das 38 semanas sem que haja um motivo clínico forte, e ser um bebé gordinho não o é. E a este ritmo, às 38 semanas já o monstrinho terá chegado aos 4 kg, sendo que nesse momento o parto natural deixa de ser uma opção.

 

 

E agora?

 

 

Agora tenho vontade de pegar em todos os livros de gravidez que li e fazer uma fogueirinha das boas. Agora tenho a cabeça cheia de lugares comuns e ideias preconcebidas sobre o fim do mundo que é fazer uma cesariana. Agora estou aqui morta de medo e sem saber para onde me virar. Pois então obrigadinha por nada, sim?

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publicado às 12:59


8 comentários

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De Mia a 18.07.2017 às 11:06

Acho que o que me assusta nesta altura não são tanto os julgamentos, esses foram uma constante desde o início por isso estou mais ou menos habituada. Se tiver que ser uma cesariana, para o bem de ambos, pois que seja! Estou a tentar encarar o parto com aquela filosofia "o que tiver que ser será"... Mas acho que levamos uma lavagem cerebral tão grande contra as cesarianas que neste momento estou absolutamente em pânico com todas as possíveis complicações clínicas... beijinho

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